Enquanto morres
deixa que o sonho viva.
Por momentos.
Pois posso sempre
cansar os teus abraços
de mim.
E o mel
que te sobra
e que me entregas
dá-o às andorinhas
para que se espalhe
e se torne abelha
e casulo
e madeira
e cachimbo
e caixão.
E se não voarem os caixões
repete o sonho
adia a morte
e vinga!
Pois se há sonhos
são para que se sangrem
são para que se esmaguem contra o peito.
E para que te recordem
quando te vais.
A tua ausência
em mim.
6 comentários:
"...a vida não é mais do que essa sucessão de faltas que nos animam."
Gostei…
Simples, agradável, e acima de tudo sentido…na forma que só em ti sei encontrar.
Beijinho
a mesma casa, endereço novo:
http://dias-curtos.blogspot.com/ ,
o mesmo luis ;)
A aprender a exorcitar o meu eu interior, não é, nelo?
Obrigada pela coragem que me dás.
Beijinhos
este poema cheira a croquete...
"Pois se há sonhos
são para que se sangrem
são para que se esmaguem contra o peito."
E para nos sufocar com a realidade...
Palavras certas... E belas..
Beijo dona moça e ótima semana
:*
Muito completo os texto!
lindo mesmo!
parabéns!
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